terça-feira, 6 de setembro de 2011

FOME

Hoje o dia está estranho.
Acho que é porque estou pensando mais, filosofando, refletindo, sei lá.
Talvez seja porque é véspera de um feriado morto de quarta-feira.

Aconteceu que algumas pessoas deixaram seus respectivos empregos aqui na empresa em que trabalho (não sei se por vontade própria delas, ou por vontade própria do chefe), na tarde de ontem. Percebo sempre que quando sei de algo, sou a última a saber. Aí, quando passo a saber, já nem importa... Muito lerda, eu.

Mês passado, aconteceu a mesma coisa. Mas quem foi embora foi um dos chefes.
Ou seja, em poucos dias, muitas pessoas saíram.
E sempre será assim nesse mundo privado.

Daí, hoje, me peguei pensando no quanto as coisas parecem estar tão rotineiras e, ao mesmo tempo, não estão.
Agora é o agora, que já passou e o daqui a pouco pode ser a mesma coisa do que passou como pode ser outra coisa. Confuso, mas possível. Leia novamente aí.

Pessoas saíram, pessoas chegaram, comentários foram feitos e eu os ouvi.
Ouvi e pensei no fluxo da vida, na cabeça das pessoas, na maldade, na bondade, na fome... (putz, tô com fome).

A gente conhece pessoas e depois as desconhece. Ou conhece e continua a conhecê-las. Elas entram, elas saem, elas chegam e se vão. Parece até que nunca existiram... ou parece que sempre as conheci.

O que acontece com o outro hoje, pode acontecer comigo amanhã (ou hoje, ainda). Seja perder o emprego, seja conseguir uma promoção, seja morrer, seja escapar da morte, seja perder alguém, seja ganhar algo...

Mas eu quero chegar a um ponto, nesta conversa toda.

Pensei, pensei e o que ainda continuo pensando é no quão triste pode ser você estar em um lugar a tanto tempo, com tantas pessoas e, depois, você vai embora e tudo continua como se você nunca tivesse estado. 

Aliás, você pode ser lembrado nos momentos seguintes à saída, nos comentários que seguem, mas depois..... (de quem estávamos falando mesmo?Ainda estou com fome). E a gente se acha tão importante, né?

Hoje você pode ter um cargo e amanhã, não. Essa parte deve ser muito difícil, também. Imagine-se passando anos tendo seu cargo como seu sobrenome? Perde-se o cargo, apresenta-se o quê?

Mais uma vez fica o pensamento de que, o que importa é o que a gente é sem nada. Porque sem nada nascemos e sem nada morremos.

Difícil é ser mais e possuir menos, pois o que se possui um dia fica e o que se é, é o que dá pra levar.

Afinal, suas lembranças podem ficar ou serem esquecidas a partir do que você foi para cada um dos que conquistou, ou desconquistou.


Credo, que texto ruim..... 

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