Pensei em tantas coisas, mas me deu uma preguicinha de escrever. Foi então que veio... a LUZ!
Nada filosófico, resolvi contar uma história, verídica!
Você sabia que eu tenho sangue nobre? Sim, sim, sim!
Não sei porque me lembrei disso, mas eu sou a linda, a poderosa, a super... RAINHA do MICO.
Pensou em MICO? Sou a personificação!
Já "pagou um mico"? Eu já "paguei" pior. Vou contar um:
Quando eu estava à procura de estágio para o meu curso de Relações Internacionais (sim, eu sou formada nisso e não, não trabalho na área), consegui uma entrevista no paraíso internacionalista: o ITAMARATY!
Agora reflita: Itamaraty + etiqueta + elegância + Patrícia + caipira = é lógico que não ia dar certo! Mas fui...
Eu era bem magrela, na época, corpão de osso, jovem, adorava usar umas roupas coladinhas. Mas eu juro, juro que fui vestida para a ocasião!
Coloquei um belíssimo terninho azul (para combinar com os olhos), calcei um scarpin, maquiagem simples, perfume leve, currículo à mão e fui. E, como o terninho era justo, foi fundamental vestir uma calcinha fio-dental para não deixar marca. Visualize! (Não estava vulgar, não!).
Cheguei ao local, me apresentei à portaria, identidade, blá, blá, blá, 4º andar, boa tarde, sente-se e se sinta à vontade, o Sr. Fulano já vem entrevistá-la.
A gatinha aqui seguiu tudo conforme o protocolo. Já se foi (ou já se foram?) cinco minutos, 10, 30, 40 minutos... Vem a mocinha simpática e me diz que o Sr. Fulano precisou entrar em uma reunião urgente, me pediu desculpas e marcou, no mesmo horário, para o dia seguinte. Isso tudo, para quem já estava nervosa, foi... ótimo? Não... horrível! Mas eu ia fazer o quê?
Levanto-me, sorrio com simpatia, currículo à mão, percurso de volta.
Saio do departamento, passo por um corredor, espero o elevador, entro nele, desço no térreo, em direção ao estacionamento.
Devolvo o crachá na portaria e estava quase, quaaaaase saindo do prédio quando...
O quê? O quê? O quê???
Sinto um tapinha nos meus ombros, pelas costas.
- Pois não? (era o guardinha da portaria)
-Senhora, desculpe-me, mas sua calça, nas costas, rasgou.
(Eu, já me beslicando para acordar do pesadelo, suando litros...)
- Obrigada! - Disse, eu, sem graça... (Aceito sugestões para o que falar nessa hora).
Antes de olhar, ainda levei a mão na bunda, para sentir. Para sentir, torcendo, que o rasgo fosse só um buraquinho, de nada... um cisco. Mas a mão me traiu... e não terminava de sentir o buraco aberto.
Na verdade, minha calça não tinha rasgado. Bobagem...
Ela tinha DESCOSTURADO totalmente, completamente, justamente naquela linha que separa as bandas do bumbum, sabe? O buraco ia do cós até o meio das pernas!!!
Visualize!
(Tempo para visualização)
(Tempo para exclamar um PUTZ - sendo educada, hein...)
(Tempo para morrer de rir)
(Tempo para parar de rir)
(Tempo para sentir dó)
(Tempo para morrer de rir de novo)
Lembra-se de que eu estava de calcinha fio-dental??????? Lembra-se que, assim como meu corpo, minha bunda também é branquela?????
(Tempo para visualização)
(Tempo para exclamar um PUTZ - sendo educada, novamente...)
(Tempo para morrer de rir)
(Tempo para parar de rir)
(Tempo para sentir dó)
(Tempo para morrer de rir de novo)
Nem preciso contar que nunca mais voltei ao Itamaraty...